terça-feira, 10 de março de 2015

A SOCIOPATIA PTISTA


Não subsiste razões técnicas nem seria saudável para a nossa jovem e irrequieta Democracia o processo de Impeachment da Presidente Dilma Rousseff.

Agora, governistas, ptistas, "petralhas" e agregados  quererem escamotear direitos constitucionais consagrados, como os de reunião, livre manifestação do pensamento e da livre convicção política e filosófica, independente de quem o faça, nos impele ao diagnóstico de sociopatia.



Com a proximidade da grande e plural mobilização social do dia 15 de março, em que os líderes dos movimentos prometem superar a do ano de 2013, tal qual na última campanha presidencial, a artilharia governista e ptista, rápida e eficazmente, tenta suplantar a legitimidade da mobilização, imputando-a de golpista, elitista e orquestrada pela oposição.

O conjunto do movimento não apresenta nenhum tom golpista, pelo contrário, pela sua formação compósita, são diversos setores sociais achacados por um projeto de poder que não só acabou com conquistas importantes do passado (estabilidade econômica, pra ficar só num exemplo), como nega diariamente os mais básicos direitos ao cidadão (saúde, educação, entre outros).

Outra imputação ao movimento, com sintomatologia sociopata, é incutir na opinião pública que o mesmo não passa de um movimento da velha e reacionária "elite branca", que anda incomodada com os aeroportos, os congestionamentos no trânsito e outros espaços "vips" lotados de pobres e da classe C, decorrendo daí sua falta de legitimidade. Ora, a nossa Constituição outorgou os direitos de reunião e da livre manifestação do pensamento e da inviolabilidade das convicções políticas e filosóficas a todos, independente, entre outras coisas, da classe social do cidadão, em respeito ao princípio da igualdade.

Portanto, a mobilização que se aproxima ou qualquer outra, contra qualquer autoridade ou governo, é direito de pobre, rico, branco, negro, homem ou mulher.

Com efeito, a mobilização do dia 15 de março não é da "elite branca". É mais que isso. Representa os eleitores e não eleitores do governo que aí está, estes porque relacionam incompetência e corrupção ao Governo do PT e aqueles porque foram traídos na campanha presidencial, como os trabalhadores (restrição e supressão de direitos), pensionistas e os beneficiários do bolsa família que veem diariamente a inflação surrupiar o seu poder de compra.

Finalmente, querer classificar o referido movimento como uma orquestração da oposição é subestimar a pluralidade, o amadurecimento político e a soberania do povo brasileiro, que só é crível nas mentes de sociopatas.

Volto a repetir, não subsiste razões técnicas para o impeachment da Presidente Dilma, sobretudo depois que o Ministro Teori zavascki não enxergou "indícios mínimos e suficientes" de sua participação no "Petrolão", tampouco nossa Democracia sairia ilesa de tal processo. Por isso, discordo dos ecos de Impeachment, mas defendo até a morte os fundamentais direitos de manifestação, reunião e da livre convicção política e filosófica, os quais só ousam tolhí-los inequívocas mentes sociopatas. 

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