Não subsiste razões
técnicas nem seria saudável para a nossa jovem e irrequieta Democracia o
processo de Impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
Agora, governistas,
ptistas, "petralhas" e agregados
quererem escamotear direitos constitucionais consagrados, como os de
reunião, livre manifestação do pensamento e da livre convicção política e
filosófica, independente de quem o faça, nos impele ao diagnóstico de
sociopatia.
Com a proximidade da
grande e plural mobilização social do dia 15 de março, em que os líderes dos
movimentos prometem superar a do ano de 2013, tal qual na última campanha
presidencial, a artilharia governista e ptista, rápida e eficazmente, tenta
suplantar a legitimidade da mobilização, imputando-a de golpista, elitista e orquestrada pela oposição.
O conjunto do movimento
não apresenta nenhum tom golpista, pelo contrário, pela sua formação compósita,
são diversos setores sociais achacados por um projeto de poder que não só
acabou com conquistas importantes do passado (estabilidade econômica, pra ficar
só num exemplo), como nega diariamente os mais básicos direitos ao cidadão (saúde,
educação, entre outros).
Outra imputação ao
movimento, com sintomatologia sociopata, é incutir na opinião pública que o
mesmo não passa de um movimento da velha e reacionária "elite
branca", que anda incomodada com os aeroportos, os congestionamentos no trânsito e outros
espaços "vips" lotados de pobres e da classe C, decorrendo daí sua
falta de legitimidade. Ora, a nossa Constituição outorgou os direitos de
reunião e da livre manifestação do pensamento e da inviolabilidade das
convicções políticas e filosóficas a todos, independente, entre outras coisas,
da classe social do cidadão, em respeito ao princípio da igualdade.
Portanto, a mobilização
que se aproxima ou qualquer outra, contra qualquer autoridade ou governo, é
direito de pobre, rico, branco, negro, homem ou mulher.
Com efeito, a
mobilização do dia 15 de março não é da "elite branca". É mais que
isso. Representa os eleitores e não eleitores do governo que aí está, estes
porque relacionam incompetência e corrupção ao Governo do PT e aqueles porque
foram traídos na campanha presidencial, como os trabalhadores (restrição e
supressão de direitos), pensionistas e os beneficiários do bolsa família que
veem diariamente a inflação surrupiar o seu poder de compra.
Finalmente, querer classificar
o referido movimento como uma orquestração da oposição é subestimar a
pluralidade, o amadurecimento político e a soberania do povo brasileiro, que só é
crível nas mentes de sociopatas.
Volto a repetir, não
subsiste razões técnicas para o impeachment da Presidente Dilma, sobretudo
depois que o Ministro Teori zavascki não enxergou "indícios mínimos e
suficientes" de sua participação no "Petrolão", tampouco nossa
Democracia sairia ilesa de tal processo. Por isso, discordo dos ecos de
Impeachment, mas defendo até a morte os fundamentais direitos de manifestação,
reunião e da livre convicção política e filosófica, os quais só ousam tolhí-los
inequívocas mentes sociopatas.
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